segunda-feira, 29 de março de 2010

Equilíbrio II


Sabemos que o ser humano tem três cérebros : a mente animal, responsável por nosso instinto, pela sobrevivência; a mente responsável pelas nossas emoções; e o córtex, responsável pela parte superior da mente. A novidade é a descoberta de que o fluxo de transmissão dos neurônios entre a mente e o corpo e entre o coração e o corpo trabalham em velocidades diferentes. Na verdade, o neurônio trabalha três mais rápido na parte das emoções do que o cortéx, ou seja, a pessoa "sente" três ou quatro vezes mais rápido do que pensa.
E é por isso que sempre estamos buscando desculpas. Por exemplo, você passa por uma loja e vê uma roupa que lhe agrada e tem vontade de comprá-la. O que você faz? Pensa em 101 motivos para comprá-lamesmo que que já tenha três iguais em seu guarda-roupa. Como se chama isso? Racionalização do sentimento. É que o coração captura e aprisiona a mente. É o sentimento aprisionado ao raciocínio.
A mete domina o coração. A mente deve dar forma ao coração. O que é mente? É a direção, uma bússula. O que é emoção? Emoção é energia. Não podemos usar só a mente e ser uma pessoa inteligente, porém fria a calculista, Por outro lado, não faz sentido ser um pessoa totalmente emocional. Ás vezes os sentimentos não são adequados ou são direcionados ao lado errado.
Você pode ser uma pessoa extremamente boa, ter muita compaixão. Mas, se permitir que seus sentimentos fluam de forma errada, pode ferir outra pessoa. Veja o exemplo dde pais amorosos que não conseguem controlar seus sentimentos pelo filho. A criança talvez possa ter problemas e os pais tentam compensar dando sempre tudo que ela pede. O resultado é uma criança malcriada. Há amor e compaixão, mas não usados de forma sábia.
É preciso que a mente esteja sob domínio do coração em equilibrio. E qual é o equilibrio? Primeiro vem a direção - a mente - e depois os sentimentos. Não confundam! Não significa reprimir os sentimentos. E sim reaprender a permitir que nosso coração flua de forma sábia. A emoção é a forma como a alma flui através do coração. Já a mente é a forma como esta mesma alma flui pela fisiologia cerebral.
Um escritor contemporâneo disse que, todo dia, temos pelo menos 100 mil pemsamentos. O triste é que 95 mil são iguais, todos os dias. Se persistirmos em interpretar a realidade da mesma forma negativa - carregada de dor e medo - então nosso cérebro persistirá em destilar sua carga excessiva de estresse. Cientistas constataram que a memória que o corpo tem do medo é a emoção mais profundamente garvada nso bancos da memória cerebral.
Duas pessoas não têm igual fluxo, nem mesmo dois animais o têm. Vivemos num mundo de individualidade e diferenças. Cada ser humano é diferente do outro e é maravilhoso ser diferente. E o motivo pelo qual cada um de nós é diferente, único, é que cada um de nós é uma dádiva para o mundo. Cada um de nós tem algo que mais ninguém pode oferecer. Esta é a base da auto-estima e é isto que devemos ensinar a nossos filhos.
Devemos ajudar cada criança a descobrir oque ela tem de especial, seus dons. E quando ela descobre, o resultado em termos de auto-estima consegue transformar sua vida, de todas as formas. Quando a criança não aprecia o que tem de especial, não tem motivação para ter sucesso. E mesmo que o tenha, não tem equilibrio.
E a felicidade e a satisfação? Olhem para nós mesmos. Será que não há algo de estranho sobre nós? Porque tudo vem em dobro? Temos dois olhos, duas mãos, duas narinas, dos hemisférios cerebrais. Também olhamos para a relidade de forma dualista: superior versus inferior, direita versus esquerda, positivo versus negativo. Nossa consciência é dualista.
Indo mais além com este raciocínio, qual a forma mais poderosa de fazer com que os dois se tornem um? É o amor. Quando criamos uma ponte entre as diferenças, conseguimos nos unir e dois tornam-se um. Ou seja, vivenciamos a experiência da unidade por algum tempo para depois nos separarmos de novo, porque neste mundo de tempo e espaço não conseguimos manter esta unidade o tempo todo.
Em nosso mundo físico, divide-se e forma duas almas, dois tipos de consciência, fonte de desafio e do conflito interior: a alma animal e a alma divina.
O lado animal da alma é o responsável pelo instinto de autopreservação; é o meu ego, no sentido comum.
O lado divino, nos conecta a aspirações mais elevadas; é o nível de consciência que está projetado para o outro. A primeira busca pela sobrevivência física, sustento e auto-importância. A segunda é a compreensão de que há outras coisas na vida. Todos os nossos pensamentos são egocêntricos ou altruistas e os interesses competitivos destas duas tendências afloram face a um desafio ou a uma adversidade. O autocontrole nos ensina a treinar o fluxo que vai da mente ao coração, de tal forma que este se orienta em direção à alma divina e não a alma animal.
O homem possui o livre-arbitrio, a opção, a escolha do caminho que quer traçar. É este dom de escolha que dá sentido a vida. Como seria o ser humano se não tivesse opção? Ele seria autômato. O individuo apenas responderia, de forma instintiva, ao destino.
O livre-arbitrio nos dá sentido na vida. É assim que saimos da alma animal e adentramos na positividade.

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