quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Etimologia e mitologia


Mesmo quem desconhece a mitologia clássica praticamente não passará um dia de sua vida sem fazer várias referências a ela. Nosso idioma está repleto de palavras vindas do Grego e do Latim que evocam aquela notável tapeçaria de mitos e lendas que era a religião dos gregos e romanos; seus deuses, heróis e criaturas fantásticas atravessaram três mil anos ae continuam presentes no léxico da maioria das línguas ocidentais, muitas vezes escondidos em palavras que convivemos inocentemente.
Fica mais interessante quando sabemos que o mês de janeiro tem esse nome porque era consagrado a Janus, um deus que tinha duas faces e que podia, portanto, olhar ao mesmo tempo o ano que terminava e o que estava começando? Ou que um museu é um prédio dedicado às Musas, divindades que presidiam as artes e o conhecimento?
Atlas era um dos titãs que lutou contra Zeus pelo controle do Olimpo. Derrotado, foi condenado a ficar sustentando o céu sobre os ombros, mantendo-o assim separado da terra. Como os mitos gregos se relacionam uns com os outros, acabou acontecendo que Perseu expôs Atlas ao olhas petrificante da Medusa, transformando-o na cadeia de montanhas do mesmo nome, no norte da África. Quando o famoso cartógrafo Mercator, no século 16, colocou na capa de sua coleção de cartas geográficas a figura de Atlas com o globo terrestre nas costas, este nome associou-se para sempre a qualquer volume que contenha uma coleção de mapas.
Estes são alguns exemplos dos prazeres da palavra.

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